GALLEIRA (16)

Eram muitas, mas pode asegurar-se que começarom a tumbar e morrer, desde aquel momento em que, trás a catástrofe do Medulio e a última victória de Augusto, ordenou o César, que os galegos abandonaram as suas vivendas nas alturas e baixássem para morar nas cháns. Desde entón acá, deçanove séculos passarom sobre as suas ruínas: ¿que quedou delas? O desamparo e a morte forom os seus eternos donos: Os ninhos d’águia (os Guillades), viron-se arrassados, e xa non mais criárom os seus pequenos. Merecem desde logo a nossa atençón a da Limia e a de Xubia, pola especial circunstância de que ambas franqueabam duas estaçóns lacustres. Elas som testemunhas de que non todas sucumbiram baixo o peso do decreto de Augusto, pois hainas, como a de Limica, que chegarom até mais alá da época romana. Famosa polas suas xentes, famosa polas suas lembrânças e por haber sido pátria do bispo Idácio, o nosso primeiro historiador, foi conhecida em tempos recentes e ainda hoxe se a conhece entre o vulgo baixo o nome de “A Cidade”. Este centro ou foro dos lémicos, ocupou no elevado monte do Viso, unha chán de perto de duas milhas de circunferência, desde o qual rexistra e senhorea o val que se estende aos seus pés. Ainda se encontram, explorando o seu recinto, tixolos, fragmentos de sepulcros, pedras labradas, inscripçóns latinas; nunha palabra, quanto pode delatar a existência do antigo “Forum Limicorum”. Em frente levanta-se unha pequena colina, castro talvés, cuxa parte superior é chán, com unha milha de circunferência, cercada de foso e contrafoso. O mesmo que da velha Lémica, ainda que menos poderosa, pode dizer-se da denominada “Cidade de Xubia”, pois com tal nome é conhecida. O P. Sobreira, que a recorda (a finais do passado século), afirma que se encontra situada “à banda occidental do monte dos “coronados”, vulgo, monte d’Ancos, que é chán na cima” , e non deixaría a sua exploraçón de dar curiosos resultados, por estar emprazada em país de grandes lembrânças célticas. Feita esta breve excursón a país distante e somente para xuntar duas poboaçóns das alturas, situadas perto de outras duas estaçóns lacustres, voltemos à Limia e altas montanhas por onde leva as suas àguas o celebrado Lethes, que tán abundante se nos presenta em ruínas e tradiçóns relativas ao nosso assunto, que quase pode dizer-se que ela só encerra a maior parte das poboaçóns das alturas de que conservámos memória.

MANUEL MURGUÍA

Deixar un comentario