GALLEIRA (7)

Xá queda dito que, pertencentes ou nón a unha raza quase primitiva e xente anariana, o pobo ou povos que à sua chegada à Galiza atoparom aquí estabelecidos os celtas, debe presupor-se e até afirmar-se que ocupabam as cûmes dos montes e colinas escarpadas, as cavernas naturais, ou abertas por eles, e as vivendas lacustres que se levantabam sobre as àguas dos lagos ou na desembocadura dos rios. É tudo quanto por agora podemos adiantar; mentras, non se pode chegar a mais, somente afirmar com exactitude que o home quaternário nos resulta completamente desconhecido. Sabemos muito pouco de el e non se atoparom grandes rastros da sua existência. Seguros som na verdade, os indicios efectivos, os descubrimentos: mas faltam aqueles dactos essenciais, e o conhecimento dos rasgos dominantes que permitiriam no seu dia a reconstruçón de um tán curioso passado, anterior a toda tradiçón e a toda memória. E tudo isto, para decir o quê? que pouco ou nada se estudarom as primitivas antiguidades galegas e, do ningúm apreço em que se tiverom. Certamente que em Galiza non faltarom, nem os habitantes das cavernas, nem o home lacustre: no-lo dím com farta claridade os restos de cozinha (kjoekkenmoedings), as pontas das setas e os machados polimentados, que forom achados nas marxens do mar, nas àguas das lagoas e em antiquíssimas sepulturas. Ademais a existência dos nossos trogloditas, xá está demonstrada por escasos e non de todo importantes descubrimentos: que ainda que som só duas as cavernas exploradas, e o seu estudo insuficiênte, non por isso nos deixa de importar quanto acerca delas se saiba. Polo momento nos basta com a sua existência. A verdade é que mentras non sexam estudadas por enteiro, com maior detenimento e melhor instinto, e non se conheçam as que sem dúvida algunha existem neste país, prometendo aos nossos antiquários ancho campo para as suas investigaçóns, nada concreto podemos dizer acerca délas: menos suspeitar as surpressas que neste ponto nos aguardam. Non conhecemos resto algúm do home que se acolheu a este abrigo, nem temos um só silex talhado dos que servirom nos primeiros tempos. Tudo está por saber. Pode-se afirmar, que ainda non se rasgou o véu que cobre a nossa história primitiva. A que raza ou razas pertencia o nosso troglodita? A esta primeira e principal pergunta nada pode responder-se de positivo. Faltam os necessários dactos para alcançar a tanto. Graças, que nos sexa dado adiantar algunhas breves observaçóns e assinalar certos rasgos, que por agora cremos comúns a todos estes especiais habitáculos dos homes do quaternário na Galiza. A principal é, que a xulgar polo que de elas se sabe, se situam comunmente perto das principais estaçóns lacustres e cidades primitivas que as avecinham: que isto se observa tanto em países cercanos ao mar, como nas do interior; que forom habitadas por mais longo tempo do que abarca a idade da pedra, e que à maior parte delas, estám unidas curiosas lendas que probam a sua antiga importância e o apreço que sempre lhes tributou o vulgo, como lembranza de outras idades, de outros homes, de outras crênças.

MANUEL MURGUÍA

Deixar un comentario