GALLEIRA (4)

Quando foi poboado o nosso país? Por que xentes? Heis aquí duas perguntas às quais non é fácil responder, nem ainda resoltamente no terreno das hipóteses. O home prehistórico debeu errar por estes lugares, o mesmo que por muitos outros: mas, importa tanto acaso saber o como e o quando, que tenhamos por isso de engolfarnos no estudo dessas idades remotíssimas, em que tudo é fácil supor, desde a existência do “antropopitheco”, até aos excessos de unha acentuada antropofaxía? Non por certo. Ainda dado o caso de que se descubrisem os restos dessa espécie de intermediário entre os antropoideos e o home (o que na verdade non é o mesmo que dicer o home actual), non importaría muito posto que a sua presença nas capas do terreno terciário, pouco ou nada faría adiantar a questón. A eterna esfínxe do desconhecido estaría perguntando sempre: falabam os nossos proxenitores? falaba o home do quaternário? vivía em sociedade ou só erraba por parexas pelos campos e bosques primitivos? Quais eram os princípios morais, ainda que rudimentários, que em todo caso regulabam a sua existência? Se acaso existirom esses homes dotados de unha vida semi-social e de unha quase intelixência, pouco importa. A título de documento pode buscar-se e ainda sinalar-se o seu rastro, mas nada mais. O home, a sociedade humana, non começa senon naquel momento em que aparece o ser sociábel, que fala, que se xunta, que sente, que ama e adora o incompreenssíbel e busca no alto algo que o console das dores que em todo tempo forom o lote da humanidade. Mentras o home histórico non asoma, non tem a história ministério possíbel. Em realidade, noś non atopamos o home no primitivo quaternário; antes, e ainda que dando por certa a sua existência, se nos ocurre perguntar se estes seres non som animais e contestar com Doxi: “Quê loucura? quê serán entón?” Deixemos pois ó antropólogo e ó sectário dos estudos pre-históricos o trabalho de penetrar nos mundos desconhecidos da época quaternária, que como o dos sonhos pode povoar-se de todas as visóns e quimeras imaxinábeis, limitando os nossos esforzos a conhecer o mais cercano e que toca ao home actual, que ainda assím e todas as perguntas sem resposta nos saem ó caminho a cada momento, e as hipóteses mais arriscadas revestem os carácteres da possibilidade. As ruínas, os restos de unha antiga sociedade que parecem encerrados nas tumbas e entre mortos, tán somente para falar ós que vivemos dos vivos de outros tempos, bem pouco nos dím apesar da sua grande eloquência.

MANUEL MURGUÍA

Deixar un comentario