Este mês foi frío, mas, ao mesmo tempo morno. Foi um mês cheio de ramas, folhaxem, quezílias postiças, verdades non ditas e carapuças vendidas “on line” ao grande público. O Marcelo perdeu a condescendência do seu marco político natural. Irritárom-se, retiram-lhe a confiança; amuarom. Marcelo respondeu que a Presidência non era um concurso de popularidade. Eu talvés tivesse respondido que se corriam muito e com a calçada resvaladiça, podíam acabar nas Urgências de algum hospital lotado de paciêntes. A Caixa Geral de Depósitos está a padecer um assédio que ataca a sua credibilidade e esta questón no mundo financeiro é grave. Pode provocar desde a falta de entrada de dinheiros, como a de fuga de depósitos. A direita encabritáda, sabe que isto funciona assim e, se non o sabe, algum assessor medíocre, do tipo dos “boys” que colocárom em toda a parte, quando eram governo, os chamará à atençón, porque estes rapazinhos, polo menos, estám obrigados a ler os xornais. E sabíam dessa missa, porque a C. G. D. non é a primeira missa vivída no sector bancário. Neste momento de guerra, só se vislumbra unha intençón; a direita está a aguzar as garras, que provoquem a venda ao desbarato da Caixa.
“O princípio de diferênça” repartirá os recursos, por exemplo, na educaçón, com o obxectivo de melhorar as expectativas a longo prazo dos menos afortunados. Se este fim se alcançar prestando mais atençón aos mais dotados, entón, isso é permissíbel, mas de outra forma non. A xustiça consiste em “partilhar o destino comum” no sentido de atenuar os efeitos da lotaría natural e social. “Ninguém terá de beneficiar-se de continxências, excepto quando isto resulte no bem estar dos outros.” Como non desexamos eliminar a instituiçón da família e xá que a igualdade equitativa de oportunidades non evita a influênça arbitrária da lotaria natural no resultado social, precisamos de um princípio que “atenue” esses efeitos: como vimos, o “princípio de diferênça” tem esse papel. Se aceitamos que existe um certo fracasso na igualdade de oportunidades, dado que “na práctica é impossíbel garantir aos igualmente dotados iguais oportunidades culturais e de superaçón”, debemos restituir a igualdade com outro mecanismo. Se desexamos mesmo tratar de forma igual todas as pessoas e proporcionar unha “autêntica igualdade de oportunidades”, a sociedade terá de prestar mais atençón a quem tem menos dotes naturais e a quem nasceu nas posiçóns sociais menos favorecidas. O “princípio de diferênça” é, no fundo, unha extensón da igualdade de oportunidades, de modo que non podemos interpretar um princípio sem o outro na teoria da xustiça de Rawls. O “princípio de diferênça” pretende que as desigualdades socioeconómicas resultantes da aplicaçón dos dous princípios de xustiça precedentes contribuam para beneficiar os que están nunha posiçón social inferior.
¡Oh, portentosa comodidade da vida europeia! Logo, para o hotel, passo um momento polo salón de leitura, colho o “Times” para buscar se há telegramas de Buenos Aires, leio a boa notícia da organizaçón definitiva da companhia do ferrocarril Andino e salto de alegría. Pensando que em breve, a doce e querida Mendoza, estará ligada ao Plata pola artéria de fogo. Antes de deixar o xornal, deito unha olhadéla aos anuncios do teatro: Coven-Garden: Sábado, última representaçón do Demónio, de Rubinstein, com a Albani, Lasalle, etc…, Don Juan; quarta feira, Dinorah; sexta feira, Etoile du Nord, pola Pattí. Disponho de quinze dias libres antes de tomar o vapor de América; tinha lído o anúncio a sexta feira pola tarde: tenho fôme de música; París está insoportábel… Um telegrama a Londres a um amigo para que me retenha localidades e à manhán seguinte, heis-me voando no comboio do Norte na direcçón de Calais. Como únicos companheiros de vagón, dous xóvens franceses de Marselha, recêm casados, que ván passar unha semana em Londres como viáxe de núpcias. Non falan palabra de inglês, non tenhem a menor ideia do que é Londres, nem onde irán parar, nem que farám. Víctimas predestinadas para um guía. O seu destino horroriza-me. Heis-nos em Calais; aquel mar infâme, que em 1870, durante unha longa travessía entre Dover y Ostende, me fixo conhecer por primeira e última vez o mareo. Parece um lago da Suíza. Dirixo os meus amigos do comboio, atravessa-mos o canal em hora e três quartos, sobre um soberbo vapor e tomamos de novo o comboio em Dover. Belíssimas as campinhas daquel chán, que nos bons tempos passados, ainda que no meio da selváxem traxédia das “duas rosas”, se chamou “Merry England”, tempos de que os alegres contos de Chaucer dán um reflexo brilhante, e que desaparecerom para sempre baixo a atmôsfera glacial dos puritanos. Os arrabaldes de Chatham som admirábeis, e a cidade, fermosamente estendida sobre as márxens do rio, levanta a sua fresca cabeza sobre o esmeralda que a rodeia. Todos os campos cultivados: bosques, colinas, canais. Um verde mais claro que nas campinhas da Normandía, que acabo de atravessar. Estaçóns a cada passo, que adivinhamos polo ruído ao cruzar como o raio pela sua frente, sem distinguir mais que unha massa informe. O comboio ondeia e a favor da curva, vemos ó lonxe unha mole imensa, coroáda de fumo opáco. Começa-mos a entrar em Londres, estámos xá nela e a máquina non abranda a velocidade; aos nossos pés, milhares de casas, idênticas, roxas; vemos vír outro comboio contra nós; passa bramândo baixo o viaducto, sobre o que corremos. Outro cruza por cima das nossas cabezas, todos com demêncial velocidade. E andamos, cruzamos um rio, paramos um momento nunha estaçón, voltamos a galopar, atravessamos de novo o mesmo rio, sobre outra ponte. A francesinha, atónita, aperta-se contra o marido, que à sua vez tem a fisionomía inquiéta e preocupada. Resulta a inevitábel e primeira sensaçón que causa Londres; a imensidade, o ruído, o tumulto, como os efeitos do deserto; um sente-se só, abandonado.
Popper dedica unha parte do segundo volûme de “A Sociedade Aberta e os Seus Inimigos” a Hegel, mas a crítica a Marx, o discípulo “materialista” do “idealista” Hegel, tem muito maior abranxência. Para Popper, Marx é o principal representante do “historicismo” moderno e da filosofia social e política, que ele non se cansa de combater. No entanto, a postura de Popper com relaçón a Marx é, até certo ponto, ambivalente. Avalia de forma positiva a análise de Marx ao capitalismo da sua época, e sobretudo a ênfase “moral” que Marx imprime à descripçón do enorme sofrimento que os operários de entón tinham que suportar. Também aceita, até certo ponto, o economicismo de Marx, ou sexa, a ideia da importância de que os processos económicos se revestem na configuraçón da sociedade de unha época, embora non admita que a economia explique tudo: non é simplesmente verdade que os seres humanos, com todas as suas crenças e propósitos, estexam predeterminados pola clásse social a que pertencem e polos modos de produçón da sociedade em que vivam. Há esferas na vida das pessoas que non som simples productos dos seus interesses económicos, mas da expressón da sua liberdade e do seu sentido de responsabilidade, e nisso consiste, entre outras cousas, a acçón política (além da criaçón artística ou da investigaçón científica). A política non é inteiramente reductíbel à economia, e a cultura em xeral muito menos. Mas apesar de Popper avaliar em parte de forma positiva, em parte de forma negativa, o economicismo de Marx, a sua análise transformou-se nunha crítica impiedosa quando se trata do “historicismo” e da “profecia marxista” sobre o estabelecimento definitivo de “unha sociedade sem clásses” através de unha revoluçón proletária (violenta), a revoluçón supostamente definitiva. Toda a revoluçón é, segundo Popper, um assunto muitíssimo arriscado, mas é-o tanto mais quanto maior pretende ser o seu alcance, quando se propón mudar tudo nunha sociedade. As consequências de unha revoluçón, por ser um evento de enorme magnitude, som imprevissíbeis; se queremos mudar tudo ao mesmo tempo nunha sociedade, o mais probábel é que isso conduza ao caos ou ao domínio implacábel de unha nova casta de burocratas.
A história local consagra outras heroínas. Em 1643, por altura da Guerra da Restauraçón, a condessa de Castelo Melhor, Mariana de Lencastre, viu o marido em apuros, atacado por muita xente no outro lado do rio. Correu os quartéis, mandou colocar dous canhóns em bateria e rompeu fogo, com o que salvou os nossos. No cerco de 1658 unha Helena Peres organizou um batalhón feminino, armado de chuças e dardos, que aparecia sempre que se acendia o combate e tanto servia para axudar os feridos como para combater nos muros. De unha dessas mulheres ficou memória, mas só se lhe conhece a alcunha: a Turca. No meio da luta, unha bala de arcabuz rasgou-lhe a barriga; segurou as tripas nas máns, correu à igrexa, e explicou logo que non queria fazer perder tempo a ninguém: o padre que começasse xá a rezar-lhe missas pola alma, depois de as pagar com uns patacos que levava sempre no bolso do avental para o caso de aquilo acontecer. E assim se fez. A Turca expirou como unha boa cristán a ouvir a encomendaçón da sua própria alma. Aquí (Monçón), como em Melgaço, a terra non tinha senhor, D. Afonso V, que deu tudo, doou-a, xuntamente com Valença, ao orgulhoso D. Afonso, filho do duque de Bragança e, entón, conde de Ourém. Os de Valença resignaram-se, mas os de Monçón non deixarom pôr a canga senhorial. A doaçón non teve seguimento, mas quando D. Joan II subiu ao trono o conde insistiu no pedido. O rei engonhava: “Bem vês: se eles non querem…” O conde, seguro da razón: “Mas os de Valença quiseram.” – “É que”, explicou o “Princípe Perfeito”, “Valença é fêmea, mas Monçón é macho.” Os Monçanenses gostam de recordar, com comprehensíbel vaidade, o dito real. Mas se Valença é fêmea como o souberam ser as mulheres de Monçón, desde a fidalga D. Mariana à plebeia Turca, é para Valença que vai toda a força do eloxio. A vila manteve-se popular, nunca foi terra rica e non tem por isso concentraçón monumental. Os quatro conventos que continha forom vendidos e adaptados às necessidades da vida privada. O castelo foi desfeito pedra a pedra, e mesmo da fortificaçón seiscentista, xá só existe unha porta, a Porta de Salvaterra. Um dos conventos foi da Congregaçón de Sán Filipe Neri, cuxos padres se dedicabam ao estudo e ao ensino. O seu mosteiro foi, depois da secularizaçón, adaptado para hospital da Misericórdia. O terreno que lhe fica em frente, e que forma a esplanada de um dos baluartes, ainda hoxe é conhecido por “Passeio dos Néris”, e é um dos mais belos mirantes sobre o curso do rio Minho, ao qual fica sobranceiro. Para um visitante apressado talvez sexa o mais belo lugar da povoaçón. Xunto da esplanada está a igrexa matriz, que debe ter sido edificada na época de D. Afonso III, que reestructurou a vila e lhe deu foral em 1264. Dessa fase medieval restam as paredes mestras e o portal. No interior há para ver um túmulo com estátua xacente, obra de um clérigo monçanês, que esteve anos em Roma e voltou de lá com bastânte dinheiro e a dignidade de protonotário apostólico. Mandou construir unha bela capela para o seu túmulo (a Capela dos Martinhos) e completou assim a sobriedade românica da matriz com essa edificaçón manuelina. No século seguinte um fidalgo que se considera trineto da Deuladeu, erixíu-lhe um solene cenotáfio, que está no braço direito do transepto. A cronoloxía pode ser atrabiliária (mais de trezentos anos eram passados), mas o monumento resulta condígno. Unha outra memória da boa capitana é o chafariz construído com a sua estátua em 1837. É o que podía ser um monumento cívico dessa época: muito académico, muito laico, sem nexo lexíbel entre o tema histórico e a expressón da pedra. Mas o xesto vale por si. Em 1837, no ano seguinte à Revoluçón de Septembro, habia em Monçón quem se preocupasse com causas tán ínfimas como essa de perpectuar a lembrança dos seus heróis e dos seus valores emblemáticos. Resulta unha actitude tán excepcional que é quase surprehendente.
Em primeiro lugar, para o empirismo, o conhecimento advém da experiência, logo, é preciso dixerí-la pensando-a, ao contrário do racionalismo, que vinha xá “pensado” para viver o mundo. A recusa das ideias inatas e a concepçón da mente como unha estructura vazia, unha “tabula rasa” que é preciso preencher, colocam o conhecimento proveniente da experiência acima do que provém da razón. E por “experiência” entende-se tanto a percepçón dos obxectos sensíbeis externos, as cousas, como as operaçóns internas da mente. A experiência, no seu uso comum, pode entender-se como a percepçón da realidade por meio dos sentidos, a vivência interior, a aprendizaxem, etc… Para o empirismo, a experiência é sinónimo de percepçón, é a orixem e o limíte do nosso conhecimento. Em segundo lugar, o empirismo ocupa-se dos limítes do conhecimento. Como as nossas ideias têm a sua orixem na experiência sensíbel, o conhecimento humano tem um limíte: som os dados dos sentidos que definem o âmbito de acçón da mente humana. O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein dizia que “os limítes da minha linguaxem som os limítes do meu mundo”. No caso do empirismo, os limites da experiência (do experimentábel através dos sentidos) som os limites do seu mundo. Para o empirismo, todo o conhecimento é um conhecimento de ideias que estám contidas na mente, que Berkeley considerará fundamental no que se refere às ideias e às suas relaçóns. Finalmente o empirismo propón um modelo de ciência baseado no método inductivo e na verificaçón dos factos, non nas hipóteses. Obviamente, o empirismo vê a ciência com os olhos que Newton lhe tinha dado: O empirismo significa um acto de humildade na história da filosofia, unha tentativa de eliminar da filosofia a sua vocaçón de saber absolucto para dirixí-la para o único caminho fecundo: o da ciência. O empirismo significa o esforço (mais um esforço) para converter a filosofia em ciência particular, com um campo de fenómenos próprios, com uns procedimentos de respostas estandardizadas.
Para muitos galegos, que deixaron a infância há quatro ou cinco décadas, a lembrança dos almorços limítase a um curto repertório de cuncas de sopas, papas de milho e rebandas de pan untadas com manteiga ou com leite mazado, com mel às vezes ou com azucre. Non deixa de surprehender um pouco a calada sabedoría que agocha muitas vezes a cultura tradicional, xá que, neste caso concreto, dentro das limitaçóns de cada um, tomábam-se non poucos productos muito ricos em glícidos, moi enerxéticos e axeitados para um começo de dia, no qual agardaba, sem dúbida, algunha clásse de esforço físico. Aínda que non sempre se limitaba este prato ó almorço, senón que também podía tomar-se à merenda. Os nossos paisanos non tinham, seguramente , ninghúm conhecimento de dietéctica, mas sem dúbida a tradiçón de séculos determinou estratéxias e conductas que o indivíduo recebía por “ciência infusa”, sem consciência de fundamentos teóricos mas que eram, muitas vezes, as mais axeitadas para o seu particular modo de vida.
O que sucede é que non é assim tán fácil saber o que é o “eîdos” (isso é estudado nos departamentos de Ontoloxía ou de Metafísica, e acaba por se parecer muito pouco com o que os manuais sobre Platón ou Aristóteles costumam contar). Contudo, unha cousa sabemos: aquilo em que consiste o capital (o “eîdos” capìtal), é aquilo polo qual nos interrogamos quando perguntamos, simplesmente ¿o que é o capital? Precisamente por isso, non tem nada de estranho que Marx, depois de quase mil páxinas de unha obra intitulada “O Capital”, no final do Libro I, aproveite para responder a essa pergunta. Um longo itinerário, dir-se-á. Todas as pessoas sabem o que é o capital, ou polo menos é óbvio que os empresários debíam saber, mesmo que sexa apenas por experiência. Perguntemos a Ménon se a virtude é ou non ensinábel. Perguntemos ao senhor Peel ou a Berlusconi se é preciso subir ou baixar os impostos para favorecer o investimento. De certeza que terán unha resposta. ¡Por experiência! Xá estamos a ver que Platón talvés tivésse muita razón ao desconfiar do mundo dos sentidos (falou inclusivamente de unha caverna na qual só se viam sombras). Fixérom-se muitas piruetas bastânte pedantes com o conceito de “estructura” em Althusser (e em Marx). No entanto, o assunto, como podemos ver, estaba lonxe de ser unha excentricidade “estructuralista”. O fundo da questón era tán antigo como Arístocles. Do outro lado do oceano, esperando polo senhor Peel, aguardaba unha surpresa socrática que ía deixar boquiabertos non só todos os economistas da época, como também todos os muito “realistas” e “terrenais” políticos do Parlamento britânico. “Non se responde à pergunta sobre o que é o capital enumerando as partes de que este se compón, isso sería (como diz Sócrates a Ménon), como perguntar o que é unha abelha e responder, que unha abelha é unha cabeça, unhas patas, um abdómen, unhas asas e “mais unhas quantas cousas…”. Da mesma maneira, a primeira tentativa que faz o impaciente Ménon para responder à inxénua pergunta de Sócrates naufraga, porque Ménon se limita a enumerar as partes da virtude ou, sobretudo, a dar exemplos desta. Non se sabe o que é a virtude limitando-se a meter na cabeça as distintas partes de que esta se compón. Mas unha pessoa também non leva o capital daquí para alí, metendo num barco as partes que o componhem (o dinheiro, as máquinas, os operários e “mais unhas quantas cousas…”). E é aquí que, de repente, perante unha traxédia económica de primeira magnitude, o Parlamento britânico se torna tán platónico que até assusta: ¿O que é o capital? Entón, xá que toda a experiência dos empresários non nos axuda a dilucidar o mistério sobre ¿o que o senhor Peel tinha deixado “esquecido” em Inglaterra?
Ademais de ser o criador da prosa literária castelán e de impulsar e dirixir todo o caudal de trabalhos que acabamos de ver, o rei Sabio ocupa também um destacado lugar dentro da história da lírica, como autor de um libro de “Cantigas”, que foi a sua única obra pessoal. As “Cantigas”, som unha colecçón de quatrocentas vinte composiçóns, escritas em galego, idioma que preferíu o monarca por ser mais musical e poético que o castelán do momento. Conservou-se em vários códices. Destes, os dous do Escorial constituiem verdadeiras maravilhas bibliográficas polo número e a beleza das suas miniaturas; inapreciábel monumento informativo para a indumentária e costûmes daquel tempo. Ainda que don Alfonso cultivou também os temas profanos (cantigas de amor e de maldizer, sátiras desenvoltas, que chegam às vezes até à obscenidade) tem muito maior importância o grupo relixioso ao qual pertencem as famosas “Cantigas de Santa María”. Contenhem estas unha série de alabanzas e de milágres da Virxen, com o qual se incorpora o seu autor à grande tradiçón mariana da Idade Média. Som de diferêntes tipos, desde as puramente líricas (cantigas de loor, em número de unhas quarenta) até às narrativas (muito mais numerosas), e ofertam grande variedade de metros, ainda que a maioría tenhem forma de “zéjel” árabe. Probabelmente forom compostas para ser cantadas com música xá existente. Este acompanhamento musical non resulta accesorio; as “Cantigas”, como precisou Américo Castro, em especial as narrativas, tenhem em muitas ocasións um tôn de conversa prosaica, que a música conseguía atenuar, acentuando o seu lirismo. As “Cantigas”, que ofertam um bonito conxunto de lendas medievais, debe grande parte dos seus asuntos a conhecidas fontes da época, como o “Speculum Historiale” de Vicente de Beauvais, extensa colecçón de lendas piadosas, “Os milagres da Virxen” de Gautier de Coincy e às obras de Berceo, que probabelmente conheceu. A maior parte dos milagres referídos nas “Cantigas”, pertencem por tanto à tradiçón europeia, mas o monarca utilizou também muitos asuntos locais e às vezes inventados. Baixo o influxo da lírica trovadoresca e provenzal, a poesía do Rei Sabio resulta artificiosa e resêntese com frequência de certos virtuossismos. Em relaçón com Berceo, Alfonso o Sabio mostra-se mais musical, mas o poeta rioxano aventáxa-o na veracidade e na graça narrativa, na sinxeleza e realismo gráfico e pintoresco. A intençón das “Cantigas” é, como nos “Milagros de Berceo”, demostrar a eficácia da devoçón à Virxen, que sempre axuda aos seus devotos. Aquí alguns dos seus argumentos: Unha monxa cede às tentaçóns do demónio, e namora-se dum cabaleiro. Escapa com el depois de deixar as chaves no altar da Virxen. Mas esta toma a figura da pecadora e ocupa o seu lugar no convento, até que a monxa, satisfeita, regresa e comproba que ninguém notou a sua falta. Unha mulher dedicada ao trabalho da seda, oferta à Virxe tecer-lhe unha toca em pago do seu favor, mas esquéce-o logo. Um dia regresa a casa e vê que os mesmos bichos-da-seda, estám a fazer a toca prometida. Unha dama casada, aceita uns zapatos dum galán namorado (que non era o d’Uma), mas ao querer probá-los, resulta-lhe impossíbel sacar os que leva postos (que non cheirabam mal). Considerando o feito como um aviso do céu, permanece fiel ao seu marido e dá graças à Virxe que impedíu este pecado.
Como vimos nas páxinas anteriores, o surximento em massa de apátridas e refuxiados após a Primeira Guerra Mundial xá mostrou ao mundo a existência de grandes grupos de pessoas que eram consideradas “supérfluas”, e a facilidade com que a situaçón era aceite tanto por parte da sociedade como dos Estados. Ser supérfluo significa non pertencer em absolucto ao mundo, carecer totalmente de um espaço intersubxectivo de relaçóns sociais e de reconhecimento político, xá non pertencer a lugar algum. O passo prévio a se assinalar grupos de pessoas como supérfluas é o seu desenraizamento, e este desenraizamento é, segundo Arendt, unha das características das sociedades de massas modernas: a situaçón de perda do comum e do sentimento de pertença a unha comunidade. É essa pertença que dá sentido às nossas vidas e relaçóns, o que nos permite o reconhecimento dos outros. Quando os indivíduos xá non tenhem um lugar partilhado com outros, é mais fácil e probábel que sexam assinalados como supérfluos, como pessoas que sobram ou excedentes da sociedade, aqueles a quem ninguém vê. A experiência da “superfluidade” nas sociedades de massas, neste sentido, aplanou o caminho para a soluçón totalitária: “Os Estados totalitários aspiram constantemente a conseguir a superfluidade dos homes; isto só foi conseguido nos campos de concentraçón”. É esta experiência da superfluidade, radicalmente nova, que constitui, em seu entender, a entrada em cena de um novo tipo de mal, desconhecido até à data, ao qual chamará “mal radical”, como veremos nas próximas páxinas.
Ademais de acudir persoalmente a todos os embarques, Viana tamén viaxa por Francia nun Buick para coñecer a situación dos refuxiados e ofrecerlles a posibilidade de emigrar. En xullo visita Pommiers, preto de Burdeos. Alí atópase con Mara dels Ángels Crespo, a quen coñecera en Barcelona na casa de Enriqueta Puig. Viana ofrécelles a ela e á súa familia a posibilidade de embarcar nunha nova expedición a Chile, pero declinan o convite. Precisamente, poucos días despois, a comezos de agosto, Viana atópase no porto de Trompeloup, en Pauillac, preto de Burdeos, para organizar e supervisar a saída de 2.365 refuxiados con rumbo a Chile. Con el está Pablo Neruda. O escritor atópase en Francia dende abril como cónsul especial do presidente de Chile, Pedro Aguirre. A expedición organízaa o Goberno chileno, que selecciona os viaxeiros, mentres o SERE se fai cargo dos tres millóns de francos que custa a viaxe. Para Neruda trátase da máis nobre misión que exerceu na súa vida. No peirao de Trompeloup está atracado o “Winnipeg”, un vello cargueiro francés descrito polo poeta chileno como un fermoso barco vello coa dignidade que dan os sete mares ao longo do tempo. Como o buque non está concibido para o transporte de viaxeiros, as súas adegas son baleiradas para facer sitio a 2.500 liteiras para refuxiados e tripulación. Na véspera da partida, numerosos trens e camións repletos de exiliados -a maioría saídos dos campos de concentración- chegan ao porto. Polas xanelas axitan as mans e os panos saudando con emoción desbordada os que xa se atopan no peirao. Entre bágoas e berros, moitos celebran o reencontro coas súas parellas e familiares logo de meses de incerta separación. Neruda e Viana ocupan unha oficina de inscrición dos refuxiados para realizar os trámites de embarque, nos que o chileno ten a derradeira palabra. Ao porto tamén se achegan refuxiados, como o anarquista Solano Palacio, que non fora seleccionado e que, con amargura, lles reprocha a súa negativa a permitirlle o embarque. O señor Neruda apela a todos os medios por innobres e desleais que sexan para rexeitar o maior número de anarquistas, embarcando comunistas no seu lugar. Nalgunhas dependências do barracón están instaladas as oficinas do SERE, a cuxas xanelas acude unha enorme multitude de persoas de ambos sexos. Provisto da tarxeta e da ficha preséntome nas oficinas consulares do SERE, estabelecidas nun extremo do mencionado barracón. O señor Viana, representante do SERE, rexeita a miña ficha. É pouco unha tarxeta, non veño avalado polo SERE e, ademais, iso é o máis grave, pertenzo á CNT, quizais á FAI, que xa é motivo dabondo para ser rexeitado por todos os organismos oficiais, aínda que a CNT e a FAI colaboren con eles para darlles forza moral e material. Pero Viana nunca aceptará que se cuestione a súa independencia e imparcialidade. No meu posto son apolítico e actúo cunha rectitude e obxectividade que poderá ser igualada mais non superada. Finalmente, malia non ser autorizado, Solano logra embarcar como polizón.
No verán de 1661, Espinosa mudou-se para Rijnsburg, unha pequena aldeia situada a dez quilómetros da cidade universitária de Leiden. Parece que a escolha da nova residência se ficou a deber ao facto de a aldeia lhe proporcionar a calma de que precisava para escreber ou também por estar bastânte perto da cidade, o que lhe permitia deslocar-se até ela sem qualquer problema. Também pode ter influenciado o facto de Rijnsburg ser o centro da influênte corrente protestante holandesa dos colegiantes, a qual defendia, entre outras cousas, a vida simples, a solidariedade e a tolerância; muitos dos referidos amigos de Amesterdam de Espinosa eram colegiantes, e é possíbel que lhe tivessem recomendado esta aldeia como lugar ideal para continuar a sua tarefa filosófica. Em Rijnsburg, tal como faria em anos posteriores, Espinosa aloxou-se como hóspede nunha casa, e colocou, nunha divisón das traseiras, o seu equipamento para polir lentes. Foi esta a actividade que escolheu como profissón, e que mantería durante os restantes anos (non muitos) de vida: preparar lentes para telescópios, microscópios e outros aparelhos ópticos. Aparentemente, começará a desenvolver este ofício ainda em Amesterdam, porque na época de Rijnsburg era um artesán reconhecido neste campo. Non se limitou a ser um bom artesán, pois interessou-se pola teoría óptica até atinxir unha total comprehensón científica sobre a matéria. Chegou a aplicar os seus conhecimentos teóricos na construçón de novos telescópios e microscópios que forom muito apreçados por destacados cientístas da época, como o seu amigo e célebre astrónomo e matemático Christiaan Huygens, e o também filósofo e cientista Gottfried Leibniz. Xeralmente, non se costuma destacar a vertente científica de Espinosa, mas basta unha leitura da sua correspondência para perceber o seu intenso e permanente interesse polas questóns da ciência mais debatidas da sua época. Consta que Huygens tinha muita consideraçón por ele; nunha carta onde expón unha discrepância entre os dous, admite: “É verdade que a experiência confirma o que Espinosa diz, isto é, que as obxectivas pequenas reproduzem muito melhor os obxectos no microscópio do que as grandes”. Espinosa fez várias observaçóns astronómicas e levou a cabo experiências na área da hidráulica e da metalurxía. Convém citar Klever, e relembrar a sua observaçón. O grande inconveniente que o ofício de polidor de lentes tinha era o pó que soltaba o vidro ao poli-lo, e que lentamente foi matando os pulmóns de um home cuxa constituiçón nunca tinha sído muito robusta, até provavelmente causar a sua morte prematura, debido à tísica, em 1677, com apenas quarenta e quatro anos.
Ainda que a orixe desta videira resulte incerta, a sua Meca som as terras de Xerés. É unha das variedades mais famosas de todo o mundo, graças ao apoxeo que alcanzarom os vinhos, e ao seu cultivo massivo. Também se cultivou em Setúbal e na Ilha da Madeira, assim como em Arxentina, Perú, California, México e em países mediterrâneos como Arxélia, Tunicia e Chipre, e incluso em repúblicas Soviéticas. A sua máxima expressón som o vinhos xenerosos de Xerés. Os vinhos xenerosos criádos baixo o famoso “velo de flor”, unha criança biolóxica quando o vinho se destina a “fino”, ou unha criança oxidativa no caso dos “amontillados” e “olorosos”. Conseguem-se vinhos muito aromáticos, límpidos e delicados, com unha variáda gama de matices secos, amêndoados e salinos, no que resulta aos “finos”, e mais avelanádos, balsâmicos, de frutos secos e untuosos, nos “amontillados” e “olorosos”.
LUGARES ONDE SE PODE CONSEGUIR
A “Manzanilla” San León, é unha das grandes da história de Sanlúcar de Barrameda, emgarrafada como “manzanilla passada”, vem disputando xunto com outras marcas históricas, o título de “manzanilla” preferida polos sábios sobre a matéria. A princípios do século XXI a casa Argüeso decidíu acentuar o carácter “fresco” da sua manzanilla em detrimento da “fundura” e lanzou esta “San León Reserva de Familia”. Procede de unha só clásse de bocoios dunha capacidade de 666 litros arrobas cada um, ubicados na Bodega San Juan, um edifício muito fresco do centro de Sanlucar, no Barrio Bajo, com excelentes condiçóns para a criânça baixo “velo de flor”. Fam-se duas sacas anuais, unha em Primavera e outra no Outono, de dous mil litros cada vez. Cada saca é reposta com solera de “Manzanilla San León Clásica”, que conta com um total de 877 “botas” repartidas em seis “escalas”. A “clarificaçón” e o “filtrado”, xusto antes de emgarrafar, som muito lixeiros para respeitar a autenticidade do vinho.
Barbadillo foi fundada em 1821 por empresários oriundos do montanhoso norte da Península, no qual coincide com um bom número de bodegas andaluzas (Alvear, Hidalgo-La Gitana, Emilio Hidalgo, Argüeso, La Guita, etc…). As instalaçóns vinhateiras ocupam boa parte do Barrio Alto de Sanlúcar de Barrameda, graças em grande medida ao qual resulta bom o estado xeral de conservaçón urbanística desta zona ubicada em torno ao Castillo de San Diego. Esta boa conservaçón das raízes históricas e da trama urbana é muito superior, em todo o caso, ao resto da cidade, onde muitas adegas desaparecerom durante as últimas décadas do século XX e os primeiros anos do século XXI, baixo o desarrolho da construcçón desordenada, ante a indiferênça ou colaboraçón das autoridades públicas, que deberíam velar por este valioso património cultural como é a extraordinária arquitectura bodegueira. Esta série de Barbadillo está composta por quatro vinhos: Amontillado, Oloroso seco, Oloroso Dulce e Palo Cortado. Os três primeiros som interesantes, mas o “Palo Cortado” destaca sobre todos polo seu carácter e autenticidade. Todo este Palo Cortado destaca um envelhecimento excepcionalmente bem conducído, começando polo tôm verde do seu ribete. Naríz típica de palo cortado muito velho: complexa, intensa, límpida, com notas de casca de laranxa. Em boca mostra-se pleno, com agradábel acidez de concentraçón; impresionante final de vinho velhíssimo.
A família González pertence sem dúvida à aristocracia do vinho a nível mundial. Leva mais de 170 anos, produzindo e repartindo vinhos, particularmente, o famossíssimo “Fino Tio Pepe” que é unha das suas xóias enolóxicas mais asequíbeis. Non obstânte, a escasa anhada de Oloroso e Palo Cortado non som tán fáceis de encontrar, debído à inevitábel escasez das tiradas postas no mercado. Quase desde a sua fundaçón de González Byass, unha pequena parte da colheita é apartada cada ano para envelhecer como vinhos de anhada, fora do habitual sistema de “soleras” e “criaderas”. Emgarrafárom-se por primeira vez em 1994, com ocasión do 150 aniversário da primeira partida de “Tio Pepe” enviada para Inglaterra. Desde entón, foi emgarrafádo, como oloroso ou como palo cortado, unha dozena de colheitas escolhidas, desde 1963 a 1979. Para disfrutar plenamente qualquer xerés seco que leve anos em garráfa, resulta imprescindíbel decantar o vinho, para separar os pousos.
.
Se acaso houbera tán só um vinho xerezano com dereito próprio pola sua singularidade, para figurar nunha selecçón tán exclusiva como a que se oferece neste presente, o “Amontillado” Paternina Fino Imperial tería fundadas razóns para aspirar a esse posto. Trata-se de unha memória viva da histórica firma “Díez Hermanos” (1876), que acabou integrada no Grupo Paternina. Este amontillado xerezano refresca-se com Manzanilla de Sanlúcar, de maneira que se pode afirmar que a infância e adolescência deste vinho transcorre xunto à desenvocadura do río Guadalquivir, para passar a desarrollar a sua madurez terra a dentro, em Jerez de la Frontera, onde é mimado polo experimentado responsábel enolóxico de Paternina em Xerés, Enrique Pérez. Outra peculiaridade é que se trata de um “Amontillado Natural”, isto é, produzido a partir de vinhos que esgotarom a sua cría biolóxica e começárom a fase de criânça oxidativa sem a prévia adicçón de alcohol para impedir a actividade das levaduras de flor. De aquí a sua denominaçón, “Fino Imperial”, acentuando o carácter marcadamente biolóxico deste vinho.
Quando a sua saúde melhoraba, Leibniz planeava mudar-se para París ou comprar unha quinta na Hungria, para estar mais perto do imperador… O seu espírito foi inquieto até ao último momento, pois abominaba o lazer e a tranquilidade; no fim de 1715, escrebe: “A tranquilidade é um passo para a estupidez. unha pessoa tem de encontrar sempre algunha cousa para fazer, para pensar, para proxectar, algo em que se interessar, quer sexa para o público quer para si própria”. Assim, passou o último verán a viaxar por Pyrmont, Brunsvique e Wolfenbütel, e aproximou-se de Zeitz para verificar pessoalmente como estabam a correr os trabalhos de construçón da última versón da sua máquina de calcular. Escrebeu sem parar até ao início de Novembro, mas a dor paralisava-lhe as extremidades, e a treze de Novembro decidiu finalmente pedir axuda médica ao seu amigo Johann Philipp Seip, que lhe facultou alguns medicamentos para aliviar as dores. Mas xá non conseguíu deter a morte, que veio buscá-lo no dia seguinte, Sábado, 14 de Novembro, por volta das dez da noite, à sua casa da Schmiederstrasse, onde tinha vivido desde 1698. O funeral teve lugar um mês depois na Igrexa de Neustädter, mas nenhum representante da Corte, excepto o seu axudante Eckhart (que tinha coberto o caixón com veludo preto e o escudo de armas de Leibniz na cabeceira) e o capelán principal da Corte, H. Erythropel (que dirixiu a cerimónia relixiosa), compareceu para se despedir dos seus restos mortais: só estiveram presentes os familiares e os conhecidos mais próximos. Guhraurer, na sua biografia sobre Leibniz, transmite-nos o testemunho do cavaleiro escoçês Johann von Kersland: “Assim foi enterrado como um malfeitor um home que tinha sído a glória da sua pátria”. No seu túmulo, com grande destaque, pode-se ler: “Ossa Leibnitii”.
Nada se sabe das “saturae” de Pacuvio, o sobrinho de Ennio, e só por casualidade sabemos das cartas escritas em Corinto no ano de 146 a. C. por Sp. Mummio “versiculis facetis”, em versos divertidos, e enviadas para os seus familiares, e os seus amigos pessoais. Pode ter habido muito mais do que sabemos deste “lusus” doméstico, divertimento em verso: Lucilio fai referência a um edicto cómico em verso, regulando a conducta nos banquetes, a “Lex Tappula” de um tal Valerio Valentino, e um poema temperán de Lucilio afirma que se os seus foram os versos ocasionais mais famosos non seríam os únicos. As primeiras obras descobertas datariam dos últimos anos da década de 130 a. C., quando voltou a Roma depois de servir na cabalaría com os soldados de Escipión Emiliano no lugar de Numância, nas Espanhas. Lucilio pertência à aristocrácia latina, non à romana. Um senador chamado Manio Lucilio puido ter sído seu irmán e el foi avô de Pompeio Magno. Era rico e independente, senhor de unha casa importânte em Roma e âmplas possessóns no sul da Itália e Sicilia. A família era orixinária de Suesa Aurunca, nos limítes da Campânia e do Lacio Adiecticio. Assim, como Sp. Mummio, era um nobre, superior em rango aos seus contemporâneos em letras, L. Accio e L. Afranio. Era amigo de Escipión Emiliano, Décimo Lelio e do xovem Junio Congo, Gayo Lelio e probabelmente de C. Sempronio Tuditano. O filósofo escéptico Clitómaco dedicou unha obra a Lucilio, como cabeza da Academia de Atenas, e é bastânte probábel que conhecera ao estoico Panecio e a Polibio, amigos também de Emiliano. Um rasgo que destaca da obra de Lucilio aos olhos da posteridade, era a sua crítica aberta a homes famosos; polo qual se o comparaba com Arquíloco e os autores da “Comedia Antiga”. Era a situaçón privilexiada na sociedade, que lhe permitia lanzar e soster tais ataques. Incluso os fragmentos testemunham unha série impresionante de nobres como suas víctimas: Q. Cecilio Metelo Macedónico; L. Cornelio Léntulo Lupo; o filho do Macedónico, C. Cecilio Metelo Caprario; C. Papirio Carbón; Quinto Mucio Escévola o Augur e outros. Um pasaxe escrito confusamente, que define a “virtus”, está dirixído a um tal Albino: pode estar pensado irónicamente em homenáxe a A. ou Sp. Postumio Albino, depois da sua desafortunada actuaçón na “Guerra de Yogurta”. Ainda que, alguns dos mencionados forom “inimici”, enimigos pessoais de Emiliano, Lucilio, que puido ser cidadán romano ou non ser, non foi um político activo. Como latino e terratenente, tinha que ter opinións sobre as questóns mais importântes da sua época, como as relaçóns de Roma com as cidades itálicas, os efeitos do capitalismo e as prantaçóns a grande escala, o trabalho da terra estilo rancho pola sociedade campesina tradicional. A pesar de tudo isto, só menciona estes asuntos de passo se é que o fai. Tampouco ouvimos nada seguro sobre os Gracos ou sobre Mario. Os “Ludus ac sermones” (conversas divertidas), “schedia” (improvisaçóns) – o termo “satura” non está directamente testemunhado em Lucilio – non era a sátira de um reformador social, com um ponto de vista constânte e um plano a largo prazo. A prosa era o meio para um manifesto. Os seus albos eram os que proclama como exemplos notorios de arrogância, engano, incompetência, falta de humanidade, orgulho, falta de valía ou cobiza, em lugares destacados ou humildes – em política, na traxédia, no comercio, na cama, etc…